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Líder opositora convoca protestos em toda a Venezuela para sábado

María Corina Machado: "O Mundo verá a força e determinação de uma sociedade que quer liberdade"

Em meio às crescentes tensões na Venezuela, a líder opositora María Corina Machado, que se encontra na clandestinidade após ameaças de prisão, convocou protestos em “todas as cidades” do país para este sábado. A convocação tem como objetivo apoiar as denúncias de fraude na reeleição do presidente Nicolás Maduro. “Temos que nos manter firmes, organizados e mobilizados com o orgulho de ter conseguido uma vitória histórica em 28 de julho e a consciência de que para cobrar [a vitória] também vamos até o fim”, declarou Machado em um vídeo divulgado nas redes sociais. “O mundo verá a força e a determinação de uma sociedade decidida a viver em liberdade”, acrescentou.

Verificação dos Votos no Supremo Tribunal da Venezuela

O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela realizará nesta sexta-feira (2), às 15h (horário de Brasília), a auditoria dos resultados das eleições presidenciais. Todos os 10 candidatos à presidência, incluindo o principal opositor Edmundo González Urrutia, foram convocados para assistir à verificação, que foi solicitada por Nicolás Maduro após repetidas contestações do resultado. Maduro descreveu a auditoria como uma medida para esclarecer o que chamou de “tentativa de golpe de Estado” e “ataque contra o processo eleitoral”.

Reações Internacionais e Nacionais

O Procurador-Geral da Venezuela, Tarek William Saab, descartou as declarações do Secretário-Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, que afirmou que pedirá ao Tribunal Penal Internacional a prisão de Nicolás Maduro. Em pronunciamento, Saab reiterou acusações contra a oposição, afirmando que organizaram ações violentas para sabotar o processo eleitoral, resultando na queima de escolas e na destruição de monumentos. Ele associou esses atos ao movimento opositor Vente Venezuela.

Os Estados Unidos reconheceram Edmundo González Urrutia como vencedor das eleições, enquanto Brasil, Colômbia e México pediram que o governo venezuelano divulgue as atas das urnas e que os resultados sejam verificados de maneira imparcial. No entanto, Maduro ainda não publicou as atas, e todas as instituições que lidam com eleições no país são dominadas pelo regime chavista.

CNN Brasil – Na crise da Venezuela, o Brasil vai pelo lado errado, afirma William Waack

Crise Venezuelana: Valores Universais em Jogo

A crise venezuelana tem se centrado em torno do respeito aos valores universais de direitos humanos e liberdades civis. Nesta quinta-feira, os Estados Unidos reconheceram Edmundo González Urrutia como o vencedor das eleições presidenciais da Venezuela, enquanto Brasil, Colômbia e México emitiram um comunicado conjunto pedindo que a ditadura venezuelana divulgue rapidamente as atas das urnas e que os resultados sejam verificados de forma imparcial.

Regimes Autoritários e a Questão Internacional

Até o momento, Nicolás Maduro não publicou as atas, suscitando dúvidas sobre a possibilidade de uma verificação imparcial, dado que todas as instituições eleitorais no país são controladas pelo regime chavista. A situação vai além do tradicional confronto entre esquerda e direita, destacando uma divisão internacional onde regimes autoritários, independentemente de sua orientação política, apoiam Maduro. Países como Hungria e Rússia, que não são considerados de esquerda, assim como China e Irã, também sustentam o regime venezuelano.

Democracias Globais em Defesa dos Valores Democráticos

Em contraste, várias democracias ao redor do mundo, independentemente de suas tendências políticas, condenam a farsa eleitoral de Maduro. Isso inclui governos de esquerda, como o do Chile, e um grande número de democracias nas Américas, Europa e Ásia. A crise na Venezuela exemplifica uma batalha global pela defesa dos valores democráticos contra regimes que buscam sufocar a oposição e governar pela força.

Brasil: Uma Posição Controversa

Segundo William Waack, ao tratar a questão venezuelana como um conflito entre amigos esquerdistas e inimigos direitistas, o governo de Lula está colocando o Brasil do lado errado da história. A abordagem brasileira na crise venezuelana, segundo Waack, falha em reconhecer a gravidade do desrespeito aos direitos humanos e às liberdades civis, desviando-se da defesa dos valores democráticos que estão em jogo.


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