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Estatais registram rombo de quase R$ 3 bilhões no 1º semestre

Valor representa aumento superior a 80% em relação a 2023

As empresas estatais federais sob a administração de Luiz Inácio Lula da Silva enfrentaram um prejuízo de R$ 2,9 bilhões no primeiro semestre de 2024, o que representa um aumento de 81,3% em relação ao déficit de R$ 1,6 bilhão registrado no mesmo período de 2023. Em comparação com o último ano do governo Jair Bolsonaro, que registrou um superávit de R$ 6,5 bilhões, houve uma deterioração significativa de R$ 9,4 bilhões desde então. Os dados foram divulgados no domingo, 4, pelo Poder360.

O “déficit primário” é calculado pela diferença entre receitas e despesas, desconsiderando o pagamento de juros da dívida. A meta fiscal estabelecida pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024 para as estatais federais era de um déficit primário de R$ 7,3 bilhões. No entanto, o terceiro Relatório Bimestral de Receitas e Despesas de 2024 revisou essa previsão para R$ 4,2 bilhões, após deduzir despesas com investimentos do Novo PAC. Vale destacar que Petrobras e bancos estatais não estão incluídos nesses números.

Análise do Desempenho das Estatais

O terceiro Relatório Bimestral revelou que, considerando as principais estatais, o déficit primário alcançou R$ 3,2 bilhões entre janeiro e maio de 2024.

Entre as estatais que apresentaram resultados positivos estão a ENBPar, com um superávit de R$ 385,2 milhões, e a Infraero, com um superávit de R$ 237,8 milhões. Por outro lado, seis das maiores empresas governamentais registraram déficits. Os Correios enfrentaram um déficit de R$ 1,5 bilhão, aumento de quase R$ 900 milhões em relação ao mesmo período de 2023. A Emgepron também apresentou um saldo negativo de R$ 651,3 milhões.

Veja o rombo nas principais estatais:

  • Correios: R$ 1,5 bilhão
  • Emgepron (construção naval): R$ 651,3 milhões
  • Hemobras (farmacêutica): R$ 200 milhões
  • Dataprev (tecnologia da informação): R$ 400 milhões
  • Serpro (tecnologia da informação): R$ 400 milhões

Respostas das Empresas Públicas

Os Correios informaram ao Poder360 que possuem uma “reserva de caixa” e não necessitam de contribuições do governo, destacando um aumento de 22% no lucro líquido em 2023 e a implementação de “medidas para redução de despesas”.

A Dataprev atribuiu o resultado negativo a um “maior volume de saídas de caixa acumuladas no período de janeiro a junho de 2024”.

A ENBPar enfatizou seu compromisso com uma gestão eficaz. A Hemobrás relatou um “lucro operacional recorrente” nos últimos anos e realizou pagamentos de dividendos superiores a R$ 120 milhões para a União em 2022 e 2023.

Não houve resposta da Serpro, Infraero, Emgepron e Nav Brasil, que também apresentaram déficits.


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