Os funcionários dos Correios iniciaram uma greve por tempo indeterminado na noite de quarta-feira (7), após rejeitarem a proposta da empresa, que previa um reajuste salarial somente para 2025 e não oferecia uma solução satisfatória para o plano de saúde dos trabalhadores. A paralisação foi anunciada pela Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect), que criticou a falta de respostas concretas da empresa às suas demandas.
A greve ocorre em meio a uma grave crise financeira na estatal, que registrou um prejuízo de R$597 milhões no primeiro trimestre de 2024. Desde o início do governo Lula, as perdas acumuladas dos Correios já somam R$2,7 bilhões, cenário que tem alimentado o descontentamento dos trabalhadores.
Apesar da paralisação, os Correios emitiram um comunicado na manhã desta quinta-feira (8), afirmando que as operações seguem normalmente em todo o país. A empresa destacou que todas as agências estão abertas e que os serviços estão sendo prestados, graças a medidas como o remanejamento de profissionais e a realização de horas extras para cobrir as ausências provocadas pela greve.
Os trabalhadores, por sua vez, apresentaram em maio uma campanha salarial que aborda quatro pontos principais: questões econômicas, benefícios, plano de saúde e disposições gerais. Entre as reivindicações estão a correção salarial de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), a reintrodução de vales-alimentação extras e a redução da contribuição dos funcionários para o plano de saúde.
A continuidade da greve e suas possíveis consequências para os serviços dos Correios ainda são incertas, dependendo das próximas negociações entre a empresa e os sindicatos.