O economista Antonio Delfim Netto, uma das figuras mais influentes da política econômica brasileira, morreu nesta segunda-feira (12), aos 96 anos, em São Paulo. Ele estava internado no Hospital Israelita Albert Einstein há uma semana.
Delfim Netto ganhou destaque nacional ao se tornar, em 1967, o mais jovem ministro da Fazenda do Brasil, cargo que ocupou durante os governos de Costa e Silva e Médici. Durante sua gestão, o país viveu o “milagre econômico” (1969-1973), período de crescimento acelerado, mas também de aumento da dívida externa e concentração de renda.
Além de seu papel durante a ditadura militar, Delfim Netto foi um dos principais interlocutores de Lula em seus primeiros mandatos. Ele se manteve ativo na cena política e econômica até o final de sua vida, sendo consultor e colaborador de importantes veículos de comunicação.
Delfim Netto foi uma figura controversa, lembrada tanto por seu papel de “czar” da economia durante os anos de chumbo quanto por sua capacidade de adaptação ao longo dos anos, contribuindo para as políticas sociais dos governos democráticos que se seguiram. Sua trajetória marcou a história do Brasil, deixando um legado que continuará a ser debatido por gerações.
