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Congelamento de R$ 1,28 bilhão na educação ameaça funcionamento de universidades federais

O congelamento de R$ 1,28 bilhão no orçamento do Ministério da Educação pelo governo Lula está gerando preocupações nas universidades federais, que já enfrentam dificuldades para honrar despesas básicas e manter programas de assistência estudantil. Os reitores das instituições estão calculando os impactos do bloqueio, que deve limitar significativamente o funcionamento das universidades no segundo semestre de 2024.

Apesar de o Ministério da Educação não ter retirado diretamente verbas das universidades, o bloqueio representa uma diminuição no limite de gastos. José Daniel Diniz, presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), expressou preocupação com o congelamento, mas espera uma compensação no orçamento de 2025.

O bloqueio já afetou diversas universidades. A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) teve R$ 29 milhões retidos, enquanto a Universidade Federal do Oeste da Bahia (Ufob) sofreu um congelamento superior a R$ 5 milhões. Na Universidade Federal de Catalão (Ufcat), em Goiás, mais de R$ 3 milhões foram congelados, o que representa 18% de seu orçamento anual.

Esses cortes ameaçam o pagamento de despesas básicas, como contas de água e luz, e o funcionamento dos programas de permanência estudantil. Na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a maior do país, o bloqueio de R$ 60 milhões provocou a organização de um protesto estudantil para o dia 14 de agosto.

A situação ocorre em um contexto de insatisfação crescente no setor educacional, com professores de universidades e institutos federais de educação tendo realizado uma greve de mais de 70 dias em 2024.


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