Fabiola Yañez, ex-primeira-dama da Argentina, formalizou uma denúncia de violência doméstica contra o ex-presidente Alberto Fernández, afirmando que foi pressionada por ele a realizar um aborto em 2016. A denúncia foi apresentada nesta segunda-feira (12 de agosto) no consulado argentino em Madri, na Espanha, onde Yañez atualmente reside.
De acordo com o portal Infobae, Yañez relatou que, em 2016, quando a relação entre ela e Fernández ainda era recente, o então futuro presidente a pressionou a interromper a gravidez, argumentando que o momento era inadequado. “Ele disse: não posso contar a ninguém que vou ter um filho com você em tão pouco tempo”, declarou Yañez.
A denúncia de Yañez inclui acusações de lesões graves e abuso de autoridade. Em seu relato, ela detalha uma série de agressões físicas cometidas por Fernández ao longo de seu relacionamento. Fotos de Yañez com marcas de ferimentos, supostamente enviadas por ela a Fernández pelo WhatsApp, foram divulgadas pela imprensa argentina, aumentando a repercussão do caso.
Além das imagens, mensagens de texto reveladas pelo Infobae mostram Yañez pedindo que Fernández pare com as agressões. “Isso já não funciona se a todo momento você me bate. Não posso deixar que você me faça isso quando não te fiz nada”, escreveu ela em uma das mensagens.
Fernández, que teve seu celular apreendido em Buenos Aires, negou as acusações em uma nota pública, afirmando que “a verdade dos fatos é outra” e que apresentará provas na Justiça para contestar as denúncias. Ele é o primeiro ex-presidente argentino a ser formalmente acusado de violência de gênero.
