Novas denúncias apontam que o ex-deputado Alexandre Frota teria atuado como colaborador informal do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ao fornecer perfis de redes sociais críticos ao STF para sua equipe. O episódio, revelado pela Folha de S.Paulo, ocorreu durante as eleições de 2022, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tiveram suas contas suspensas por supostamente incitarem ataques contra ministros.
Entre os perfis bloqueados, estava o do cantor gospel Davi Sacer, cuja exclusão foi solicitada após Frota informar sobre sua participação em manifestações contra o STF. Apesar de hesitações internas sobre as repercussões políticas dessa ação, as redes sociais de Sacer foram suspensas no dia 15 de novembro de 2022 e permanecem fora do ar até hoje.
A reação política foi imediata. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) criticou a situação em suas redes sociais, classificando-a como uma “verdadeira suruba”, enquanto o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) expressou indignação com o Judiciário, afirmando que “o mais alto nível do Judiciário cumpria conselhos de Alexandre Frota”. Ambos ressaltaram a gravidade de um ex-deputado e ex-ator influenciar decisões judiciais de tal magnitude.
As revelações reforçam o debate sobre a independência do Judiciário e os limites da atuação de figuras políticas em processos judiciais de grande impacto.