Neste domingo (25), a Polícia Militar (PM) prendeu Alessandro Arantes, de 42 anos, em Batatais, interior de São Paulo, acusado de provocar incêndios criminosos em uma área de mata. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), Arantes, que foi detido em flagrante enquanto ateava fogo, revelou ser membro do Primeiro Comando da Capital (PCC) e mostrou um vídeo comemorando a ação criminosa.
Arantes foi preso após ser denunciado por moradores que testemunharam seu ato de vandalismo. Ele tentou fugir, mas foi capturado durante a fuga. A PM apreendeu um isqueiro e uma garrafa com gasolina com o criminoso, que tem passagens por roubo, furto, homicídio e posse de droga. Ele foi levado à Delegacia Seccional de Franca e indiciado por provocar incêndio.
Investigação e Alerta de Queimadas
A Polícia Federal (PF) anunciou a abertura de dois inquéritos para investigar os incêndios em São Paulo. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, informou que há 31 investigações em andamento entre a Amazônia e o Pantanal, além dos dois novos inquéritos em São Paulo. A PF mobilizou 15 delegacias no interior do estado para apurar as causas dos incêndios.
A situação em São Paulo é crítica, com 46 cidades em alerta máximo e 21 enfrentando focos ativos de incêndio. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou um recorde histórico de 3.480 focos de incêndio em agosto, superando o maior número registrado em 2010.
Repercussão e Ações
O governador Tarcísio de Freitas visitou Ribeirão Preto para acompanhar o combate ao fogo, e as aulas nas escolas municipais foram suspensas devido ao acúmulo de fuligem. Em Goiás, a fumaça densa afetou Goiânia e outras cidades, com 897 focos de queimadas registrados até o momento, quase o dobro do mesmo período de 2023.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que estava em São Paulo para eventos, ainda não sobrevoou as áreas afetadas, mas o governo federal está intensificando os esforços para lidar com a crise ambiental.