As novas acusações envolvendo o ministro do STF Alexandre de Moraes trouxeram à tona questionamentos sobre sua atuação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e sobre a imparcialidade de alguns inquéritos conduzidos por ele. Em declarações recentes, Eduardo Tagliaferro, ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE, admitiu que Moraes fazia parte das denúncias que ele próprio julgava, o que suscita críticas sobre um possível conflito de interesses.
Tagliaferro também afirmou que houve direcionamento ideológico nas investigações do TSE, com maior foco na direita política. Ele defendeu que estava apenas cumprindo ordens superiores, mas as revelações fortaleceram a percepção de que o sistema judicial estava mais focado em punir certos grupos políticos.
Paralelamente, o influenciador e candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), teve suas redes sociais suspensas após decisão judicial motivada por acusações de abuso econômico, originadas de um pedido do partido de Tabata Amaral (PSB). Marçal afirma ser vítima de censura e perseguição política, destacando que a suspensão fortaleceu sua narrativa de ser combatido pelo sistema, que incluiria tanto o Judiciário quanto a mídia e seus adversários políticos.
Marçal, que se descreve como independente, tem buscado mobilizar sua base de seguidores, utilizando perfis reservas nas redes sociais para continuar sua campanha. Ele também acusou adversários como Ricardo Nunes e Guilherme Boulos de conspirarem com outros atores políticos para enfraquecê-lo.
Esses eventos suscitam debates sobre a liberdade de expressão, o papel do Judiciário em processos eleitorais e o equilíbrio entre fiscalização e censura nas campanhas políticas no Brasil.
