Autoridades dos Estados Unidos apreenderam o avião presidencial do presidente venezuelano Nicolás Maduro, nesta segunda-feira, 2 de setembro, sob a alegação de que a compra da aeronave violava as sanções econômicas impostas ao país. O Dassault Falcon 900, avaliado em cerca de US$ 40 milhões (R$ 224 milhões), foi confiscado após pousar na República Dominicana e levado para a Flórida.
A operação ocorreu após investigações do Departamento de Segurança Interna dos EUA, que revelaram o uso do avião em viagens internacionais, incluindo paradas na República Dominicana. Um oficial do governo americano, em entrevista à CNN, destacou que a apreensão serve como um alerta de que “ninguém está acima da lei, nem fora do alcance das sanções dos EUA”.
Além do avião, outros bens de luxo, como carros, também foram interceptados em operações anteriores, reforçando a aplicação das sanções à Venezuela, principalmente voltadas à indústria de petróleo.
Até o momento, o governo venezuelano não comentou a apreensão. A apreensão ocorre em meio a um cenário político conturbado na Venezuela, onde um impasse pós-eleitoral persiste, com disputas entre Maduro e a oposição. A comunidade internacional está dividida sobre o reconhecimento dos resultados das últimas eleições, realizadas em 28 de julho.
A colaboração entre os EUA e a República Dominicana foi fundamental para a ação, e os motivos exatos das viagens da aeronave permanecem sob sigilo.
