Vice-presidente do PT defende Silvio Almeida e pede “perdão cristão” em meio a acusações

O vice-presidente nacional do PT, Washington Quaquá, expressou publicamente seu apoio ao ministro Silvio Almeida, acusado de assédio moral e sexual. Em um post no Instagram, Quaquá destacou a trajetória de Almeida, enfatizando sua relevância como “negro, periférico, intelectual de altíssimo nível” e sua coragem no enfrentamento das questões de classe e raça.

“Mesmo se tivesse errado, mereceria de mim um perdão cristão. Na falta de provas e na sobra de disputa política mesquinha no aparelho de Estado, merece minha dúvida”, escreveu Quaquá. Ele argumentou que as acusações contra Almeida refletem uma “política da lacração e cancelamento”, a qual, segundo o político, a esquerda deve evitar para manter sua conexão com o “povo real”.

As acusações contra Silvio Almeida, que incluem assédio sexual de 14 mulheres, entre elas a ministra Anielle Franco, e assédio moral, foram inicialmente divulgadas pelos portais UOL e Metrópoles. A organização Me Too Brasil recebeu as denúncias e as encaminhou para a Polícia Federal, que anunciou a abertura de um inquérito para investigar as alegações.

Em resposta, Almeida negou as acusações, qualificando-as como “mentiras” e “ilações absurdas”. Em um comunicado, o ministro afirmou que a denúncia é uma tentativa de prejudicá-lo e desacreditar seu trabalho em prol dos direitos humanos e da cidadania. “Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha”, declarou Almeida. Ele expressou tristeza e frustração com a situação, afirmando que tais denúncias prejudicam o Brasil e os avanços nas pautas de direitos humanos e igualdade racial.

A situação continua a evoluir, com a Polícia Federal prevista para ouvir as testemunhas na próxima semana.