Milhares de manifestantes tomaram a Avenida Paulista, em São Paulo, na tarde deste 7 de Setembro, pedindo o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Organizado por grupos de direita, o protesto teve forte adesão e ocupou cerca de 10 quarteirões da via, segundo cálculos de lideranças.
Os participantes exigiram que o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, abra um processo de impedimento contra Moraes, a quem atribuem decisões autoritárias, especialmente relacionadas à sua atuação no inquérito das fake news e à suspensão da rede social X (antigo Twitter), pertencente ao empresário Elon Musk, também alvo de homenagens pelos manifestantes.
O ex-presidente Jair Bolsonaro, que inicialmente sofreu com um mal-estar devido a uma gripe, participou do ato. Em seu discurso, ele criticou duramente Alexandre de Moraes, referindo-se ao ministro como um “ditador” e pediu ao Senado que tome medidas para contê-lo. “Precisamos frear aqueles que rompem os limites da Constituição”, afirmou Bolsonaro, que também voltou a defender a anistia aos presos pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
Outro ponto de destaque no protesto foi o discurso do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). Ele condicionou o apoio da bancada de direita ao futuro candidato de Arthur Lira à presidência da Câmara à aprovação da anistia aos manifestantes presos. Nikolas também criticou Moraes, afirmando que o ministro usa seus poderes para “calar vozes” e “controlar as redes sociais”.
O evento contou ainda com a participação de deputados como Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Bia Kicis (PL-DF) e Gustavo Gayer (PL-GO), além do senador Magno Malta (PL-ES). Todos reforçaram o pedido de impeachment de Moraes e defenderam uma resposta mais contundente do Congresso às decisões do STF.
