Em uma coluna publicada neste domingo (9), no The Wall Street Journal (WSJ), a jornalista Mary Anastasia O’Grady teceu duras críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil e, em especial, ao ministro Alexandre de Moraes. Segundo o artigo, o STF estaria profundamente envolvido na política nacional, o que tem deteriorado a liberdade de expressão no país.
O texto menciona especificamente a decisão de Moraes de bloquear o X (antigo Twitter), alegando que a medida teria sido tomada para silenciar vozes dissidentes que questionam a “versão oficial” do Estado. A jornalista aponta que a repressão à liberdade de expressão e a falta de transparência no devido processo legal vêm se agravando desde 2020.
O’Grady sugere que o envolvimento político do STF tornou-se mais evidente após a anulação dos processos da Lava Jato, o que permitiu a libertação de Lula e sua subsequente eleição à Presidência. Ela argumenta que o tribunal, liderado por Moraes, tomou decisões que beneficiaram certos grupos políticos e, ao mesmo tempo, reprimiram a crítica pública.
A colunista também relembra as tensões que culminaram nos protestos de 8 de janeiro de 2022, em Brasília, após a eleição de Lula. Para ela, a resposta do STF, especialmente as investigações secretas conduzidas por Moraes, tem erodido a confiança nas instituições e contribuído para o enfraquecimento da democracia no Brasil.
O artigo termina alertando que a contínua repressão à liberdade de expressão e o controle judicial sobre a política podem levar o Brasil a uma crise institucional mais profunda. O’Grady conclui que essas ações do STF, em vez de fortalecer a democracia, podem “levar o país ainda mais para o fundo do poço”.
