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Governo Lula envia bombeiros para combater incêndios na Bolívia em meio a críticas sobre gestão ambiental

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou 62 profissionais para combater incêndios florestais na Bolívia, nas áreas próximas à fronteira com o Brasil. A missão envolve 37 bombeiros da Força Nacional de Segurança Pública e 25 do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal. A operação busca auxiliar o país vizinho, que enfrenta uma grave crise de incêndios na região da Serra do Amolar, no Pantanal boliviano, ameaçando também comunidades tradicionais brasileiras.

O envio de profissionais foi coordenado pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) e envolve ainda o Ministério do Meio Ambiente, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A equipe brasileira deverá atuar até o dia 17 de setembro, conforme previsto no decreto publicado no Diário Oficial da União.

Além de extinguir os focos de incêndio, a missão tem caráter preventivo, visando impedir que as chamas avancem para os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a Bolívia registrou 56,6 mil focos de incêndio de janeiro até o início de setembro, o maior número em 13 anos. No Brasil, o Pantanal contabilizou cerca de 9.665 focos no mesmo período.

O governo boliviano solicitou auxílio em agosto, quando a crise de incêndios se agravou, e o Brasil prontamente atendeu ao pedido. A operação deve envolver sobrevoos e uso de imagens de satélite para identificar pontos críticos de incêndio ao longo da fronteira.

Críticas ao Governo Lula Sobre Questões Ambientais

Enquanto o governo Lula atua para combater incêndios na Bolívia, enfrenta duras críticas no cenário doméstico por sua gestão ambiental. Um editorial do Estadão, publicado nesta segunda-feira (9), avaliou que o presidente oscila entre “negligência e demagogia” em relação à proteção ambiental. Segundo o jornal, a gestão lulopetista tem sido “intoleravelmente ausente” no combate aos incêndios florestais no Brasil, especialmente na Amazônia, no Pantanal e no Cerrado.

A crítica ressalta que, apesar de ter promovido a agenda ambiental como um dos pilares de sua campanha eleitoral, o governo não tem conseguido frear a devastação ambiental. Dados do Inpe indicam que agosto registrou o maior número de queimadas no Brasil desde 2010, com mais de 68 mil focos de incêndio.

O jornal também destacou o papel da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, descrevendo sua atuação como “decorativa”. Embora reconheça as boas intenções da ministra, o editorial aponta que suas propostas são frequentemente irrealistas e ineficazes. Além disso, critica o fato de que, mesmo com a retomada do discurso ambientalista por parte do governo, os problemas continuam a se agravar, como o aumento das mortes entre os ianomâmis, superando números do governo anterior.

Em suma, o Estadão alerta que o governo Lula, apesar de suas promessas de liderança global em questões ambientais, está falhando em enfrentar os desafios domésticos, deixando o Brasil vulnerável ao avanço das queimadas e ao desmatamento em áreas sensíveis.


 

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