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Seca e incêndios ameaçam economia e elevam inflação no Brasil

O Brasil vive uma das piores secas das últimas décadas, agravada por incêndios que atingem todos os biomas do país. Com mais de 5.000 focos de queimadas registrados em um único dia, os efeitos da crise climática vão além da devastação ambiental e começam a impactar severamente a economia.

Um estudo do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da UFMG (Cedeplar) estima que Minas Gerais pode perder até R$ 3 bilhões por ano em seu PIB até 2050, com a agricultura sendo o setor mais afetado. O preço dos alimentos já reflete essa realidade: a produção de laranja enfrenta sua pior safra em 40 anos, com aumento de 46% no preço. O café também sofreu um impacto, subindo 16,6% nacionalmente e 29,1% em Minas Gerais.

Além dos alimentos, a crise hídrica compromete a geração de energia. Com a seca, o país adotou a bandeira tarifária vermelha, o que adiciona R$ 4,463 a cada 100 kWh consumidos, pressionando o custo de vida. O economista André Braz, da Fundação Getulio Vargas (FGV), alerta que a inflação climática não pode ser resolvida com políticas de juros, já que o problema está na escassez de oferta.

Outro setor atingido é o sucroenergético. Em Minas, as perdas já somam R$ 180 milhões. A produção de açúcar e etanol está ameaçada para 2025, segundo a Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig).

Com perspectivas sombrias, os efeitos da crise climática sobre a economia devem se intensificar, trazendo desafios ainda maiores para o Brasil nos próximos anos.


 

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