A nova ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, expressou seu apoio à manutenção do sigilo em casos de assédio sexual durante uma entrevista ao Poder360. Evaristo argumentou que essa abordagem garantiria a privacidade das vítimas e o direito de defesa dos acusados, ao mesmo tempo que ofereceria ferramentas mais eficazes para responsabilizar os culpados.
A ministra acredita que o sigilo é fundamental para permitir uma defesa adequada e proteger a identidade das vítimas até que a verdade seja estabelecida. Ela ressaltou que a preservação da privacidade e da defesa são essenciais para o processo judicial e podem contribuir para uma resposta mais justa e eficaz aos casos de assédio.
Sobre as recentes acusações de assédio sexual envolvendo o ex-ministro Silvio Almeida, Evaristo vê o caso como um sinal de mudança cultural, onde as vítimas se sentem mais encorajadas a relatar abusos. Ela afirmou que seu objetivo é fortalecer os procedimentos institucionais para prevenir incidentes semelhantes no futuro.
“A minha tarefa é olhar para frente e aprender com os erros. Quero trabalhar para melhorar os processos e garantir que possamos lidar melhor com essas situações no futuro”, disse a ministra.
Evaristo também comentou sobre a resposta do governo Lula ao caso Almeida, destacando que não discutiu o incidente com outros membros do Executivo e optou por não comentar sobre o ex-ministro. Ela sublinhou que, no ambiente corporativo e governamental, a prioridade deveria ser a discussão aberta sobre assédio sexual, em vez de tratar os casos com sigilo absoluto que possa prejudicar a transparência e a justiça.
A ministra concluiu que, enquanto o sigilo é importante para a proteção das partes envolvidas, é crucial promover uma conversa mais ampla e informada sobre assédio sexual e suas implicações.
