Em um editorial publicado nesta terça-feira (1º) pelo jornal O Estado de S. Paulo, o Brasil, sob a liderança de Luiz Inácio Lula da Silva, é criticado por se afastar de seus princípios democráticos e de sua independência diplomática. O texto analisa a postura da delegação brasileira durante a Assembleia Geral da ONU, onde o país se alinhou com potências como China, Rússia e Irã, ao boicotar o discurso do Primeiro-Ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
O editorial enfatiza que essa escolha representa uma rendição às forças que se opõem ao Ocidente, destacando que os diplomatas brasileiros estavam persuadindo nações do “Sul Global” a apoiar a proposta da China sobre a guerra na Ucrânia, o que, segundo o jornal, equivaleria a um apoio à agressão russa contra Kiev.
O artigo também aborda as contradições da postura de Lula em relação ao conflito no Oriente Médio, reconhecendo que, embora Israel possa ter cometido excessos, sua ação é descrita como uma guerra de defesa, especialmente após ataques do Hamas e do Hezbollah. O Estadão critica a recepção de líderes associados ao terrorismo durante a assembleia, como o vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin, que se sentou ao lado deles.
A análise conclui que a ideologia antiocidental de Lula compromete a diplomacia brasileira e desmoraliza seus valores fundamentais, caracterizando essa postura como uma ideologia de baixa qualidade que não reflete os interesses democráticos do país.
