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Brasil se despede de Cid Moreira, voz icônica do telejornalismo, aos 97 anos

Morre Cid Moreira, ícone do telejornalismo brasileiro, aos 97 anos

Cid Moreira, um dos mais emblemáticos rostos e vozes da televisão brasileira, faleceu nesta quinta-feira (3) aos 97 anos. O jornalista, locutor e apresentador estava internado desde o início de setembro no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, após ser diagnosticado com insuficiência renal crônica. Sua morte foi causada por falência múltipla dos órgãos.

Ao longo de sua carreira, Cid Moreira tornou-se sinônimo de credibilidade, especialmente por sua atuação no Jornal Nacional (JN), onde apresentou cerca de 8 mil edições ao longo de mais de 25 anos. A icônica voz do jornalista marcou gerações e é lembrada até hoje por seu característico “boa-noite”, que encerrava as principais notícias do país.

O corpo de Cid será enterrado em Taubaté, sua cidade natal, mas detalhes sobre o local e data do sepultamento ainda não foram divulgados.

A trajetória de um pioneiro

Nascido em Taubaté, São Paulo, em 1927, Cid Moreira começou sua carreira em 1944, no rádio, após ser descoberto por um amigo. Seu talento logo o levou a grandes emissoras, como a Rádio Bandeirantes e a Rádio Mayrink Veiga, onde fez suas primeiras experiências na televisão. Seu caminho para o telejornalismo começou em 1963, no “Jornal de Vanguarda” da TV Rio, e logo se consolidaria em diversas emissoras.

A grande virada de sua carreira veio em 1969, quando foi convidado a integrar o recém-criado Jornal Nacional, o primeiro telejornal transmitido em rede nacional no Brasil. Ao lado de Hilton Gomes e, mais tarde, Sérgio Chapelin, Cid tornou-se o rosto mais reconhecido do jornalismo televisivo brasileiro.

Além de sua presença no JN, Cid Moreira teve passagens marcantes pelo programa Fantástico, onde sua narração do quadro de Mr. M, em 1999, ficou gravada na memória dos telespectadores.

Legado além das telas

Cid Moreira também se destacou por projetos paralelos que exploraram sua poderosa voz. Desde a década de 1990, ele dedicou-se à gravação de salmos bíblicos, culminando em 2011 com a gravação completa da Bíblia. Este projeto tornou-se um enorme sucesso de vendas, reafirmando a popularidade do jornalista entre diversas gerações.

Sua biografia, “Boa Noite – Cid Moreira, a Grande Voz da Comunicação do Brasil”, escrita por sua esposa Fátima Sampaio Moreira, foi lançada em 2010. O jornalista continuou ativo na memória popular, com participações em vinhetas e projetos especiais, como a famosa gravação “Jabulaaani!” durante a Copa do Mundo de 2010.

Com sua partida, o Brasil se despede não só de um ícone do jornalismo, mas de uma voz inconfundível que marcou profundamente a história da comunicação no país.


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