O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentou um déficit primário de R$ 22,404 bilhões em agosto de 2024, marcando uma redução real de 19,6% em comparação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, o rombo soma R$ 99,383 bilhões, conforme divulgado pelo Tesouro Nacional na última quinta-feira (3). Essa cifra representa uma diminuição de 9,1% em relação ao déficit de R$ 109,313 bilhões registrado de janeiro a agosto de 2023.
Nos últimos 12 meses, o saldo negativo totalizou R$ 227,52 bilhões, o maior valor desde 2021. A equipe econômica do governo prevê um déficit de R$ 28,3 bilhões para o ano de 2024, próximo ao limite da meta estabelecida de 0% do PIB, que admite uma margem de tolerância de até R$ 28,8 bilhões. Essa projeção é mais otimista do que a dos analistas do mercado financeiro, que, segundo o Boletim Focus, antecipam um déficit de 0,6% do PIB.
O relatório Prisma Fiscal, publicado pelo Ministério da Fazenda, estima um déficit primário de R$ 66,67 bilhões para o ano. Em um esforço para equilibrar o orçamento, o Ministério do Planejamento e Orçamento liberou R$ 1,7 bilhão em setembro para atender aos custos do orçamento de 2024, após a remoção do contingenciamento de R$ 3,8 bilhões devido ao aumento das arrecadações.
Entretanto, o governo também anunciou um congelamento de R$ 2,1 bilhões em resposta ao crescimento das despesas obrigatórias que superaram as previsões iniciais. A situação fiscal do governo segue sendo monitorada de perto, enquanto as medidas de controle e ajuste orçamentário buscam conter os rombos e estabilizar as finanças públicas.
