A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) decidiu cortar o ponto dos jornalistas que aderiram à greve iniciada na última quinta-feira (3 de outubro). A diretoria considerou o movimento “abusivo” após não receber resposta a um ofício enviado aos sindicatos, no qual solicitava a manutenção de 60% do efetivo trabalhando, conforme estipulado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) em uma decisão relacionada à paralisação de 2021.
Os jornalistas da EBC, localizados no Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo, entraram em greve por tempo indeterminado, reivindicando isonomia salarial no novo Plano de Cargos e Remunerações (PCR). Segundo o Sindicato dos Jornalistas, a proposta da EBC reduz em 12% os níveis salariais da categoria em comparação a outras funções de nível superior.
A greve ocorre em meio ao período eleitoral, o que, segundo a diretoria da EBC, compromete a missão da empresa de prestar serviços essenciais à sociedade, especialmente com o primeiro turno das eleições municipais marcado para o próximo domingo (6 de outubro). A EBC destacou que a paralisação afeta diretamente sua capacidade de operação e justifica o corte de ponto, com base em decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que permite o desconto dos dias parados antes de uma decisão judicial sobre a legalidade da greve.
Apesar do corte, a empresa afirma estar aberta ao diálogo e às negociações com os sindicatos para buscar uma solução que atenda aos interesses dos trabalhadores e mantenha a prestação dos serviços essenciais.
