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Lula enfrenta derrota eleitoral nas prefeituras e vê influência política reduzida

O presidente Lula saiu enfraquecido das eleições municipais de 2024, onde sua aposta em fazer da disputa um confronto direto com o ex-presidente Jair Bolsonaro fracassou. Durante a campanha, Lula declarou que a eleição seria entre ele e Bolsonaro, mas os resultados demonstraram o contrário. Nas 100 maiores cidades do Brasil, aquelas com potencial de segundo turno, os partidos ligados a Lula, PT e PSOL, sofreram grandes derrotas.

Apesar de sua presença constante em comícios e discursos, o desempenho eleitoral de seus candidatos foi aquém do esperado. Em muitos municípios, o PT nem sequer lançou candidatos próprios, optando por apoiar aliados. Mesmo assim, os resultados ficaram longe de indicar vitórias expressivas para a base governista. Segundo análises, o PT e o PSOL devem controlar menos de 10% das prefeituras nas cidades mais populosas do país

O caso mais emblemático foi a perda da única capital governada pelo PSOL, Belém, onde o prefeito Edmilson Rodrigues sequer chegou ao segundo turno. A frustração se repetiu em várias regiões, com a direita consolidando avanços significativos. Além disso, a presença tímida de Lula nas ruas e eventos de campanha, com fracas mobilizações populares, refletiu seu distanciamento do eleitorado em meio à crise de seu governo.

São Paulo, o maior colégio eleitoral do país, com 9,3 milhões de eleitores, foi um dos poucos alívios para a esquerda. O candidato apoiado por Lula conseguiu chegar ao segundo turno por uma pequena margem, quase sendo superado por Pablo Marçal, um nome até então desconhecido do cenário político nacional.

Com essa derrota nas eleições municipais, Lula vê sua influência política enfraquecida e enfrenta o desafio de reestruturar sua base para as eleições gerais de 2026. O cenário aponta que a direita, tão criticada por Lula, está em seu melhor momento, enquanto o presidente terá que repensar sua estratégia e tentar reconectar-se com a população nos próximos anos.


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