A direita ligada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) saiu fortalecida no primeiro turno das eleições municipais, conquistando vitórias ou presença no segundo turno em 17 das 26 capitais em disputa. Enquanto isso, o PT e partidos aliados à esquerda, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, garantiram apenas 7 candidatos nessas capitais, indicando um cenário desafiador para o campo progressista.
Em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), apoiado por Bolsonaro, ficou em primeiro lugar com 29,4% dos votos, seguido por Guilherme Boulos (PSOL), com 29%. A esquerda sofreu um revés com a candidatura de Tábata Amaral (PSB), que amargou o quarto lugar, com menos de 10% dos votos.
Em Belo Horizonte, Bruno Engler (PL), aliado de Bolsonaro, liderou com 34,3% dos votos e disputará o segundo turno contra o atual prefeito, Fuad Noman (PSD), que teve 26,5%. A esquerda, com candidatos como Duda Salabert (PDT) e Rogério Correia (PT), não conseguiu emplacar posições de destaque, somando apenas 12% dos votos.
No Rio de Janeiro, apesar da reeleição de Eduardo Paes (PSD) no primeiro turno, Alexandre Ramagem (PL), apoiado pela família Bolsonaro, obteve 30,8% dos votos, revelando a influência do ex-presidente na capital fluminense.
O Nordeste, reduto tradicional da esquerda, também viu o avanço de candidatos bolsonaristas em cidades como Maceió e Fortaleza. Em Maceió, João Henrique Caldas (PL) foi reeleito com mais de 83% dos votos, e em Fortaleza, André Fernandes (PL) liderou a disputa com 40,2%, indo para o segundo turno como favorito.
O desempenho de Bolsonaro nas urnas reforça a narrativa de que a direita conservadora continua forte, com impacto esperado nas eleições nacionais de 2026.
