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Cesta de Natal tem alta acima da inflação; carne bovina registra aumento de 11%

O aumento dos preços dos alimentos impactará diretamente as celebrações de Natal em 2024. De acordo com levantamento da Fecomércio-SP, o custo médio da ceia aumentou 9,54% nos últimos 12 meses até novembro, um índice mais do que o dobro da inflação geral, que foi de 4,77% no mesmo período, conforme o Índice Geral de Preços Amplo (IPCA-15). Na Região Metropolitana de São Paulo, os preços subiram ainda mais, com uma alta de 12,07%.

Entre os itens analisados, os maiores aumentos foram registrados pela batata (30,82%), azeite de oliva (28,58%), leite longa vida (21,78%) e arroz (19,58%). Frutas e carnes, essenciais na ceia, também tiveram aumentos expressivos, com as frutas subindo 15,54% e as carnes 11,44%.

Embora a carne não tenha liderado o ranking de aumentos, seu impacto é significativo devido ao seu peso no orçamento familiar, especialmente durante as festas de fim de ano. O economista da Fecomércio-SP, Guilherme Dietze, explica que um aumento na casa dos dois dígitos resulta em uma retração no consumo, com muitas famílias ajustando seus gastos. A alta nos preços da carne foi impulsionada por uma combinação de fatores, incluindo o câmbio elevado e problemas climáticos como a seca, além de um aumento na demanda devido ao pagamento do 13º salário.

A carne bovina exemplifica bem o impacto inflacionário. Sandra Maria Zuffo, proprietária de um açougue em São Paulo, afirmou que cortes nobres, como o filé mignon, tiveram aumentos diários de R$ 0,10 a R$ 0,15 por quilo no atacado. No varejo, o filé mignon chegou a R$ 116 por quilo, representando uma alta de quase 80% em relação ao mesmo período de 2023. A oferta reduzida no mercado interno e o aumento das exportações também foram fatores que contribuíram para essa elevação.

Para enfrentar os preços mais altos, comerciantes têm oferecido facilidades de pagamento, como parcelamentos em até duas vezes no cartão para compras acima de R$ 500. Apesar disso, Sandra observa que os consumidores estão mais cautelosos, muitas vezes substituindo carnes nobres por opções mais baratas, como frango e peixe.

O impacto de preços mais altos foi menos pronunciado em itens como pescados, que tiveram uma alta de apenas 1,32%. Dietze sugere que os consumidores aproveitem promoções, especialmente para produtos não perecíveis, e usem meios de pagamento como o Pix, que podem facilitar a negociação de preços.

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