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Combustíveis devem ficar mais caros em fevereiro

A partir de 1º de fevereiro, os motoristas brasileiros devem sentir no bolso um novo aumento nos preços dos combustíveis, mas desta vez, sem que a Petrobras reajuste seus valores nas refinarias. O motivo é a elevação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que impactará diretamente o custo da gasolina, etanol, diesel e biodiesel.

Impacto do Reajuste do ICMS

O aumento do ICMS foi determinado pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) e afetará o preço final dos combustíveis da seguinte forma:

  • Gasolina e etanol: alta de R$ 0,10 por litro, elevando a alíquota para R$ 1,47.
  • Diesel e biodiesel: aumento de R$ 0,06 por litro, chegando a R$ 1,12.

Os reajustes representam uma elevação de 7,1% na gasolina e 5,3% no diesel, o que pode encarecer ainda mais o abastecimento para os consumidores.

Pressão do Mercado para Reajuste da Petrobras

Embora a estatal tenha anunciado que não pretende alterar seus preços no curto prazo, especialistas apontam que há uma defasagem em relação aos valores praticados no exterior. A Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom) calcula que:

  • A gasolina está R$ 0,27 (9%) mais barata no Brasil do que no mercado internacional.
  • O diesel tem uma defasagem de R$ 0,49 (14%).

De acordo com Vitor Sousa, analista de petróleo e gás da Genial Investimentos, o aumento do ICMS não altera esse cenário para as empresas, mas impacta diretamente o consumidor.

Por outro lado, Bruno Imaizumi, economista da LCA 4intelligence, acredita que o reajuste tributário pode aliviar parcialmente essa defasagem. Segundo ele, considerando uma média móvel de 30 dias, os preços internos já estão 5% abaixo do mercado internacional para a gasolina e 10% para o diesel.

Reflexos na Inflação

A gasolina é um dos principais componentes do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação no Brasil. Em 2024, a alta acumulada do combustível foi de 9,71%, registrando o maior impacto individual entre os 377 subitens analisados pelo IBGE.

Caso a Petrobras decida zerar a defasagem atual, o impacto no IPCA seria de 0,16 ponto percentual, elevando a projeção da inflação de 5% para 5,2%, segundo cálculos da LCA 4intelligence.

Já o diesel, apesar da maior defasagem desde meados de 2023, tem impacto mais indireto no IPCA, influenciando principalmente o custo do transporte de mercadorias, como alimentos.

O Que Esperar?

Enquanto a Petrobras mantém os preços estáveis, a alta do ICMS já garantirá um custo maior para os combustíveis em fevereiro. O mercado segue atento a possíveis reajustes da estatal, que podem ocorrer caso a defasagem em relação ao mercado internacional se amplie ainda mais.

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