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Pressão tributária leva Lupo a instalar fábrica no Paraguai; empresa prevê economia de 28%

O avanço da carga tributária no Brasil, intensificada após a sanção da Lei 14.789/2023, tem provocado efeitos diretos na indústria nacional. Um dos casos mais emblemáticos é o da centenária fabricante de meias Lupo, que decidiu transferir parte de sua produção para o Paraguai. A nova planta, inaugurada em junho em Ciudad del Este, deve gerar uma economia de aproximadamente 28% nos custos operacionais.

A legislação — aprovada no fim de 2023 como parte das medidas do governo federal para reforçar a arrecadação — alterou o regime de incentivos fiscais concedidos pelos estados via ICMS. Com isso, empresas que recebiam benefícios regionais passaram a perder isenção de tributos federais sobre esses mesmos incentivos, encarecendo rapidamente a operação.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, a CEO da Lupo, Liliana Aufiero, afirmou que a mudança tributária não deixou alternativa.
“Não é que a Lupo foi para o Paraguai, o Brasil empurrou a gente para o Paraguai. Os impostos estão comendo a operação de forma violenta”, disse.

Liliana é a última integrante da família à frente da companhia fundada em 1921 por Henrique Lupo, imigrante italiano que transformou Araraquara (SP) no centro da produção nacional de meias.

Nova fábrica tem investimento de R$ 30 milhões

A unidade instalada no Paraguai recebeu R$ 30 milhões em investimentos e tem capacidade para produzir até 20 milhões de pares de meias por ano. Cerca de 110 funcionários foram contratados para a operação.

Segundo a CEO, a expansão internacional foi pensada como uma ação emergencial para preservar a competitividade e a rentabilidade da empresa diante da pressão tributária no Brasil.

Concorrência internacional também pesou

Além da questão fiscal, Liliana admite que a presença de concorrentes estrangeiros já instalados no Paraguai influenciou a decisão. Empresas chinesas vêm ampliando espaço no mercado brasileiro oferecendo produtos mais baratos e sem necessidade de grandes investimentos em marca.

“Se ele consegue vender no Brasil sem investir em marca, e oferecer um bom produto a um custo menor, eu tenho que ter as mesmas vantagens”, afirmou.

Contexto: mais indústrias no Paraguai

Nos últimos anos, o Paraguai tem atraído indústrias brasileiras com benefícios como:

  • Imposto de renda empresarial de 10%, um dos mais baixos da América do Sul;
  • Energia mais barata, favorecida pela produção de Itaipu;
  • Leis de incentivos à industrialização, como o regime Maquila, que tributa em 1% o valor agregado no país.

Setores como têxtil, calçados, plásticos e eletrônicos têm ampliado operações no país vizinho, enquanto aguardam maior previsibilidade tributária no Brasil em meio à implementação da reforma tributária.

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