A John Deere, renomada fabricante global de máquinas agrícolas, anunciou planos para realizar demissões em meio a uma desaceleração nas vendas e nos lucros no segundo trimestre fiscal deste ano. De acordo com uma carta da direção da empresa divulgada pela agência Bloomberg, a queda nas receitas e o aumento dos custos operacionais impulsionaram essa decisão.
John May, CEO da John Deere, expressou o desafio enfrentado pela companhia em sua mensagem aos funcionários, destacando a necessidade de redução de pessoal. “Infelizmente, isso significa demitir alguns de nossos colegas talentosos e dedicados”, afirmou May na carta, sem fornecer detalhes sobre quais unidades ou quantos funcionários serão afetados pelas rescisões de contratos de trabalho.
No segundo trimestre fiscal, compreendendo o período de fevereiro a abril, a empresa registrou uma queda significativa na receita de vendas, que diminuiu 15,3%, totalizando US$ 13,6 bilhões. O lucro líquido também sofreu uma redução de 17,1%, chegando a US$ 2,4 bilhões, de acordo com dados do balanço divulgados na quinta-feira (30/05).
No Brasil, onde a John Deere está presente desde 1979, a empresa opera em aproximadamente 50 mercados. Com cinco fábricas localizadas em Horizontina (RS), Monte Negro (RS), Catalão (GO) e Indaiatuba (SP), a John Deere emprega cerca de 4 mil trabalhadores em território nacional.
O “complexo de negócios” da John Deere, composto pelo Centro de Distribuição de Peças (CDP), Centro de Treinamento e Centro de Agricultura de Precisão e Inovação, está localizado próximo ao escritório regional da América Latina, em Indaiatuba (SP), e ao aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). A empresa também opera o Banco John Deere, fortalecendo sua presença e compromisso com o mercado brasileiro.
