Os trabalhadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aprovaram um indicativo de greve a partir do dia 1º de julho, conforme anunciado pelo ASSIBGE, o sindicato nacional dos servidores do IBGE.
A decisão foi tomada durante a reunião da Direção Nacional dos trabalhadores do IBGE, realizada entre os dias 4 e 7 de junho no Rio de Janeiro. O evento contou com a participação de delegações de 22 estados e do Distrito Federal. Agora, o indicativo de greve será submetido à aprovação nas assembleias locais.
Segundo o sindicato, a motivação para o indicativo de greve inclui a insatisfação com o tratamento recebido pelos servidores em mesa de negociação com o Ministério de Gestão e Inovação, realizada em 28 de maio de 2024. Na reunião, o governo apresentou uma contraproposta que foi considerada inadequada pelo sindicato, oferecendo um reajuste de 9% em 2025 e 3,5% em 2026.
O sindicato expressou “indignação pública” com a proposta governamental, ressaltando que ela ignora uma discussão que se estende por mais de uma década. O sindicato reivindica melhores condições orçamentárias para que o IBGE possa continuar realizando seu trabalho com excelência, além de remunerações justas para seus trabalhadores, equiparando os salários aos de outros órgãos essenciais ao planejamento do Estado, como o Banco Central e o Ipea.
O ASSIBGE criticou a proposta governamental por perpetuar um desnível remuneratório injustificável entre órgãos de importância similar no Estado brasileiro. Para os trabalhadores do Banco Central, foram oferecidos reajustes de 10,9% tanto em 2025 quanto em 2026, enquanto os servidores do IBGE receberam uma oferta significativamente menor.
O sindicato pretende continuar as tentativas de negociação com o Ministério de Gestão e Inovação ao longo de junho. O indicativo de greve foi definido para o dia 1º de julho, caso não haja avanços satisfatórios nas negociações.