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Ministro do TSE anula uma das condenações de Bolsonaro, mas inelegibilidade permanece  

O ministro Raul Araújo, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), decidiu anular uma das condenações de inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro e do ex-ministro Braga Netto. A condenação estava relacionada ao uso indevido das comemorações do 7 de setembro de 2022. Apesar dessa anulação, Bolsonaro permanece inelegível até 2030 devido a outras duas condenações ainda vigentes.

Decisão Anulada

A decisão, assinada no dia 5 de junho, argumenta que Bolsonaro e Braga Netto foram condenados antecipadamente antes do término do processo pelo ex-ministro Benedito Gonçalves. Gonçalves usou a primeira condenação dos acusados pelo plenário do TSE para justificar sua decisão individual.

“Não é correta a solução adotada na decisão agravada, de promover o julgamento antecipado do mérito em relação a apenas dois dos investigados tomando por base os fatos já esclarecidos nas ações conexas, sob pena de afronta à ampla defesa e ao contraditório,” afirmou Araújo em sua decisão. Ele ressaltou que a instrução do processo envolvia mais testemunhas, documentos e investigados, sem a devida oportunidade de defesa para Bolsonaro e Braga Netto.

Outras Condenações Mantidas

Bolsonaro continua inelegível até 2030 devido a outras duas condenações pelo TSE no ano passado.

  1. Junho de 2023: Bolsonaro foi condenado à inelegibilidade por cinco votos a dois, em razão de uma reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada, onde ele criticou o sistema eletrônico de votação.
  2. Outubro de 2023: Bolsonaro e Braga Netto foram condenados pelo plenário do TSE à inelegibilidade por oito anos pelo uso eleitoral das comemorações de 7 de setembro de 2022.

Impacto da Decisão

Embora a anulação da condenação do 7 de setembro possa ser vista como uma vitória parcial para Bolsonaro, a manutenção das outras condenações significa que ele não poderá se candidatar a cargos públicos até 2030. A decisão de Araújo pode levar a novos debates sobre o processo judicial e a condução dos casos eleitorais no TSE, especialmente em relação à garantia da ampla defesa e do contraditório.

Esta decisão ressalta a complexidade e a continuação das batalhas jurídicas envolvendo o ex-presidente, que seguem influenciando o cenário político brasileiro.


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