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Real ultrapassa Peso Argentino e se torna a moeda emergente mais desvalorizada

Moeda brasileira registra queda de 10,54% frente ao dólar

Nesta segunda-feira (17), o real superou o peso argentino em termos de desvalorização, tornando-se a moeda emergente mais desvalorizada em 2024. Por volta das 16h, o dólar acumulava uma valorização de 10,54% ante o real, enquanto a alta em relação ao peso argentino era de 10,48%. No entanto, ao final do dia, a diferença entre as duas moedas diminuiu, com o real fechando praticamente empatado com o peso argentino.

Além do real e do peso argentino, a lista das moedas emergentes mais desvalorizadas em relação ao dólar incluiu a lira turca (10,12%), o peso mexicano (8,5%) e o baht tailandês (6,95%).

Perspectiva de Juros Altos nos EUA Afeta Real

Especialistas apontam que a perspectiva de juros mais altos nos Estados Unidos é a principal causa do enfraquecimento do real. A expectativa de que o Federal Reserve, o Banco Central americano, mantenha os juros elevados por mais tempo está levando investidores a direcionar seus recursos para os EUA, o que tem contribuído para a desvalorização das moedas de países emergentes.

“A política monetária dos EUA tem exercido papel significativo no câmbio. As taxas de juros altas por lá atraem recursos para o país, ajudando a valorizar o dólar. E os recursos saindo do Brasil para alocar em dólar nos EUA, fazem com que a nossa moeda desvalorize também”, explica Felipe Pontes, diretor de gestão de patrimônio da Avantgarde Asset Management.

Fatores Internos Contribuem para a Desvalorização

A queda do real não se deve apenas à valorização do dólar. Ruídos políticos no Brasil e preocupações com as contas públicas também têm afastado investimentos estrangeiros. Alterações na meta fiscal e declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estão entre os fatores que impactam negativamente a moeda.

O cenário político e econômico do Brasil, combinado com a política monetária dos EUA, forma um quadro desafiador para a moeda brasileira, exigindo atenção tanto do governo quanto do mercado para buscar soluções que possam estabilizar o real.


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