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Pantanal acumula mais de 9 mil focos de incêndio em 12 meses

Número é Quase Sete Vezes Maior que o do Mesmo Período em 2023

O Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou, nesta quinta-feira (20), 238 focos de queimadas no Pantanal. Este número é significativo, principalmente após uma leve queda que seguiu o pico de 421 focos no fim da semana passada, nos dias 14 e 15 de junho.

Nos últimos 12 meses, o bioma do Pantanal somou 9.014 focos de incêndio, quase sete vezes mais que os 1.298 registrados no mesmo período do ano passado. Esse aumento não apenas mostra um maior volume de queimadas, mas também uma antecipação do problema, que anteriormente se intensificava somente a partir de agosto.

O Pantanal, a maior área úmida contínua do planeta, está enfrentando os efeitos agravados do fenômeno El Niño, que influenciam a mudança climática e o volume dos rios que atravessam o bioma. Em maio, a Agência Nacional de Águas (ANA) declarou situação crítica de escassez de recursos hídricos na Bacia do Paraguai.

Pesquisa da MapBiomas

Uma pesquisa da rede de pesquisa MapBiomas apontou que o Pantanal é, proporcionalmente, o bioma mais afetado por queimadas nos últimos 39 anos, com 9 milhões de hectares queimados, representando 59,2% do território que abrange os estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Entre 1985 e 2023, Corumbá foi o município com mais queimadas no país, e o Pantanal registrou 25% de seu território afetado por cicatrizes de fogo na vegetação nativa.

Medidas Preventivas

Um pacto entre o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e os governadores dos estados que compõem o Pantanal e a Amazônia prevê ações de prevenção e combate às queimadas, incluindo a suspensão das autorizações de queima até o fim do período seco.


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