O Pantanal registrou um aumento alarmante no número de focos de queimadas no período de 1° de janeiro a 19 de junho de 2024, chegando a 2.571 focos. Esse total representa um aumento dramático de 1.776% em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando foram registrados apenas 137 focos. Os dados são do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Além disso, os 2.571 focos de queimadas deste ano representam o maior número registrado dentro da série histórica iniciada em 1998. Este total supera o recorde anterior de 2.365 focos, alcançado em 2020.
Desde o início da série histórica, houve apenas duas outras ocasiões em que o Pantanal ultrapassou a marca de mil focos de queimadas: em 2005, com 1.067 focos, e em 2009, com 2.077 focos.
No contexto nacional, os focos de queimadas até 19 de junho de 2024 aumentaram em 60% em comparação ao mesmo período de 2023. Em 2023, o Brasil registrou 19.413 focos de queimadas nos primeiros 171 dias do ano, enquanto em 2024 esse número subiu para 31.243 focos. A Amazônia foi o bioma mais afetado, com 12.324 focos até 19 de junho de 2024, representando um aumento de 85% em relação aos 6.659 focos registrados no mesmo período do ano anterior.
