A Autoridade Nacional Palestiniana ou Palestina, é o órgão provisório de autogoverno estabelecido em 1994, após o Acordo Gaza-Jericó, para governar a Faixa de Gaza e as Áreas A e B da Cisjordânia, como consequência dos Acordos de Oslo de 1993.
Desde as eleições de 2006 e o subsequente conflito de Gaza entre os partidos Fatah e Hamas, a sua autoridade se estende apenas nas áreas A e B da Cisjordânia. Desde janeiro de 2013, a Autoridade Palestina, controlada pelo Fatah, usa o nome “Estado da Palestina” em documentos oficiais.
O Hamas de forma autoritária e extremista adota atos terroristas e faz a própria população de Gaza de refém.
O Estatuto de Fundação do Hamas, escrito em agosto de 1988, defende a extinção do Estado de Israel. O documento é baseado numa interpretação do Alcorão –livro sagrado islâmico– no qual os muçulmanos creem possuir a palavra de Deus revelada ao profeta Maomé.
Na parte inicial do texto, o grupo afirma que a “ira de Alá” recai sobre Israel porque o país se recusa a servi-lo e que é dever do islã fazer o Estado israelense desaparecer.
Cinco grupos palestinos armados uniram-se ao Hamas no ataque mortal de 7 de outubro de 2023 a Israel, deixando centenas de mortos, estuprando, sequestrando e cometendo atrocidades indescritíveis.
Passado quase um ano ano do episódio, que cominou numa guerra que ainda perdura, o Partido da Causa Operária (PCO) se comprometeu a distribuir 100 mil folhetos em apoio ao grupo “terrorista Hamas”. A organização de esquerda também fez um chamado aos seus apoiadores para uma manifestação a favor da Palestina, agendada para o dia 30 de junho, em São Paulo.
A ação foi divulgada pelo partido por meio de sua conta oficial do Twitter/X. A publicação mostra o presidente nacional do PCO, Rui Costa Pimenta, segurando um dos panfletos. Na legenda estão os dizeres: “Viva o Hamas, genocídio nunca mais”.
A publicação mostra o presidente do PCO, Rui Costa Pimenta, segurando um dos panfletos. Na legenda estão os dizeres: ‘Viva o Hamas, genocídio nunca mais’
Defensor do Hamas, PCO provoca os israelenses no Twitter/X
Em outra publicação, o PCO compartilha uma notícia sobre o evento. “Chora sionista”, diz a legenda do post, em tom antissemita. “O sonho acabou! Palestina livre, Hamas chegou!”
No mês de março, o PCO se tornou alvo de uma investigação pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP), após membros do partido divulgarem panfletos com “conteúdos antissemitas”.
No folheto, o PCO declara que apresentará a interpretação dos eventos ocorridos em 7 de outubro, sob a perspectiva de líderes do grupo terrorista Hamas, entrevistados por integrantes do partido no Catar. Naquele momento, participantes do movimento invadiram o sul de Israel, sequestrando, violando e matando centenas de indivíduos. Até o presente, mais de cem civis continuam como reféns. Ainda assim, os terroristas recebem suporte público do partido de extrema esquerda brasileiro.
Partido é investigado por atos antissemitas
Em março, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) abriu uma investigação contra o PCO. A ocorrência se deu depois de integrantes do partido distribuírem panfletos com conteúdos antissemitas.
Por meio da Promotoria de Justiça de Direitos Humanos — Inclusão Social, o MPSP instaurou um inquérito civil para apurar eventual propagação de discurso de ódio e atos de racismo contra o povo judeu.<