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“Milei está destruindo a economia da Argentina”, diz Maduro

Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, criticou severamente o mandatário argentino Javier Milei, acusando-o de estar “destruindo” a economia e o Estado argentinos com suas políticas neoliberais. Em uma atividade realizada no estado insular de Nueva Esparta, Maduro afirmou que Milei está implementando um “paradigma neoliberal fracassado” que resulta na deterioração dos direitos sociais e na entrega de recursos como o lítio aos bilionários americanos.

Em contrapartida, Maduro destacou os supostos sucessos econômicos da Venezuela, declarando que o país está desafiando os paradigmas neoliberais ao “crescer, derrotar a inflação e distribuir riqueza”. Em maio, Maduro havia acusado Milei de estar trabalhando para transformar a Argentina em uma “colônia dos Estados Unidos”.

As tensões entre Argentina e Venezuela se intensificaram desde a posse de Javier Milei na presidência, em dezembro do ano passado, após um período de relações estreitas durante os governos peronistas de Néstor Kirchner, Cristina Kirchner e Alberto Fernández. Milei, por sua vez, rejeitou qualquer diálogo com Maduro, a quem considera um “ditador” tentando interferir nas eleições presidenciais argentinas de 28 de julho, onde o próprio Maduro busca sua segunda reeleição.

A REALIDADE DOS FATOS

VENEZUELA – A inflação anualizada em fevereiro foi de 75,91%. As desigualdades de renda continuam na Venezuela. A diferença entre os 10% mais ricos e os 10% mais pobres é de quase 35 vezes. A renda per capita do estrato mais pobre é de 10 dólares por mês.

ARGENTINA – Pela primeira vez em trinta anos, a Argentina registrou zero inflação no setor de alimentos e bebidas durante a terceira semana de junho. Os dados, divulgados pela consultoria Econométrica, representam um feito significativo na luta contra a inflação sob a liderança do presidente Javier Milei.

O presidente Milei celebrou esse avanço, destacando sua importância, que não era alcançado desde o governo de Carlos Menem. A Econométrica reportou uma inflação de 0,0% em alimentos e bebidas na terceira semana de junho, comparada a um aumento de 0,1% na segunda semana e 1,2% na primeira semana do mês. Esses números refletem uma inflação de apenas 0,1% nos últimos quinze dias.

Apesar desse marco, a inflação geral de junho está atualmente em 2,4%, com a medição da quarta semana ainda pendente, mas esperada para ser menor que no mês anterior. A estabilização dos preços nas últimas duas semanas (0,1% e 0,0%) demonstra a eficácia das políticas econômicas implementadas pelo governo Milei, incluindo o maior ajuste fiscal da história da Argentina, a eliminação do déficit fiscal e a contenção na emissão de moeda.

Em suas redes sociais, Milei comemorou o marco, enfatizando o compromisso contínuo em consolidar esses avanços para o bem-estar de todos os argentinos.

No acumulado do ano, os alimentos e bebidas apresentaram alta de 65,6%, enquanto bebidas alcoólicas e tabaco aumentaram 80% nos primeiros cinco meses, de acordo com dados oficiais do Indec. Em termos anuais, em maio, alimentos e bebidas tiveram inflação de 289,4% nacionalmente, e bebidas alcoólicas e tabaco aumentaram 266,3% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Esse marco de zero inflação em alimentos e bebidas representa um passo crucial para a Argentina, oferecendo esperança de estabilização econômica após anos de inflação elevada.

Além disso, em maio, a Argentina registrou um superávit recorde na balança comercial, alcançando US$ 2,656 bilhões, muito acima das expectativas dos economistas. Esse crescimento foi impulsionado pelo aumento das exportações, que totalizaram US$ 7,622 bilhões, comparado aos US$ 6,527 bilhões de abril. As importações também aumentaram para US$ 4,966 bilhões em maio, ante US$ 4,708 bilhões em abril, mas o crescimento nas exportações foi mais substancial, garantindo um saldo positivo na balança comercial do país.


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