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EUA prometem embargos se venda da Avibras à China se concretizar; Generais querem avançar com negócio

Os Estados Unidos ameaçaram impor embargos à Avibras Aeroespacial caso a venda de 49% de suas ações para a Norinco, estatal chinesa, seja concluída. A Avibras, enfrentando dificuldades financeiras e em recuperação judicial desde março de 2022, acumula uma dívida de R$ 600 milhões.

A possível venda à Norinco preocupa os EUA devido ao risco de acesso da China a “tecnologia militar americana sensível”. Caso o embargo seja implementado, a Avibras ficaria impedida de utilizar produtos americanos, impactando significativamente suas operações, já que muitos de seus sistemas dependem dessa tecnologia. O sistema de foguetes e mísseis “Astros” do Exército Brasileiro, por exemplo, utiliza comunicações da Harris Corporation, dos EUA. Sem esses componentes, a viabilidade de diversos programas militares brasileiros estaria em risco. Além disso, a Avibras depende de outras sete empresas americanas para sua cadeia de produção.

A Norinco, sancionada pelo presidente Joe Biden em 2021 por questões de segurança nacional e violações de direitos humanos, expressou interesse em adquirir parte das ações da Avibras após a desistência do grupo australiano DefendTex. A venda é vista como uma possível solução para a crise financeira da Avibras, que já demitiu 420 funcionários de uma só vez.

Apoio Interno à Venda

Apesar das preocupações dos EUA, três oficiais-generais brasileiros defendem, em caráter reservado, a venda para a Norinco, argumentando que isso garantiria o controle brasileiro sobre a empresa. Eles acreditam que essa medida é essencial para a sobrevivência da Avibras, enquanto os EUA veem a negociação com receio e ceticismo.


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