Horas antes do início das eleições gerais no México, um candidato a um cargo em um órgão de fiscalização municipal foi brutalmente assassinado a tiros na cidade de San Juan Benito Juàrez.
Israel Delgado, de apenas 35 anos, foi alvejado próximo à sua residência na noite de sábado. Este trágico episódio é apenas mais um em uma série de assassinatos que têm assolado o processo eleitoral no país. Na última semana, quatro candidatos foram mortos a tiros, sendo o mais recente ocorrido na sexta-feira, 31, no estado de Puebla.
Desde o início do processo eleitoral em setembro do ano passado, cerca de 38 candidatos perderam a vida em meio à violência política, segundo relatos da Reuters.
Este ano, as eleições no México se tornaram as mais violentas da história, com uma série de agressões que levaram à interrupção dos pleitos em duas cidades de Chiapas, ao sul do país, localizadas na fronteira com a Guatemala.
No próprio dia da votação, duas pessoas foram assassinadas em locais de votação nas cidades de Coyomeapan e Tlapanala, ambas situadas no estado de Puebla.
Apesar desse cenário de violência, o México realizou no domingo, 2 de junho, as maiores eleições de sua história, abrangendo a Presidência do país, todas as posições no Congresso e milhares de cargos estaduais e municipais.
A favorita nessas eleições é Claudia Sheinbaum, que foi escolhida pessoalmente pelo presidente atual, Andrés Manuel López Obrador. Ela lidera as pesquisas com uma vantagem de 20 pontos percentuais sobre a segunda colocada, a senadora Xóchitl Gálvez.
