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BNDES deve criar Linha de Crédito para perdas e danos climáticos

Enfrentando Desafios Climáticos no Rio Grande do Sul

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está planejando criar linhas de crédito especiais para lidar com perdas e danos provocados pelas mudanças climáticas, anunciou Nelson Barbosa, diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do banco. Este anúncio foi feito durante um evento global sobre financiamento climático, que contou com a participação de representantes de bancos de desenvolvimento e governos do G20.

Barbosa destacou a necessidade urgente de uma linha de crédito específica para a reconstrução do Rio Grande do Sul, região recentemente afetada por eventos climáticos extremos. “Estamos enfrentando um novo desafio devido aos eventos climáticos no Rio Grande do Sul, que exigirão uma linha de crédito especial para a reconstrução. Já temos linhas para mitigação e adaptação, agora precisamos considerar também linhas para perdas e danos”, afirmou Barbosa.

Participação do Governo e Recursos do Fundo Clima

Barbosa ressaltou que a resposta aos eventos climáticos extremos exigirá uma participação mais direta do governo devido ao volume de recursos necessários e ao tempo requerido para a recuperação. “O BNDES vai cumprir seu papel, auxiliando o Ministério da Fazenda e outras autoridades regionais na reconstrução”, acrescentou.

O diretor também lembrou que o BNDES já administra o Fundo Clima, que é financiado com recursos da União para apoiar a transição climática no Brasil através de empréstimos com juros subsidiados. Atualmente, o fundo conta com US$ 2 bilhões (aproximadamente R$ 10 bilhões).

Desafios e Colaboração Internacional

Tatiana Rosito, secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, destacou que o montante necessário para lidar com as mudanças climáticas tem sido discutido há anos, e que será necessário aumentar os recursos disponíveis de bilhões para trilhões. “O diagnóstico é muito claro. Precisamos avançar nas melhores formas de compartilhar riscos e conectar diferentes instituições — locais, globais, nacionais ou subnacionais — para reunir recursos públicos e privados na escala necessária”, afirmou Rosito.

Ela também enfatizou o papel crucial que os bancos multilaterais de desenvolvimento terão nesse cenário, promovendo a cooperação internacional e a mobilização de recursos significativos para enfrentar os desafios climáticos.

Implicações e Próximos Passos

A criação de uma linha de crédito específica para perdas e danos climáticos representa um passo significativo na preparação e resposta às mudanças climáticas no Brasil. Com a gestão do Fundo Clima e a coordenação com diversas entidades governamentais e privadas, o BNDES busca promover uma resposta eficaz e sustentável aos desafios climáticos, ajudando a reconstruir comunidades afetadas e a mitigar futuros impactos.

A implementação dessa linha de crédito será crucial para a adaptação às novas realidades climáticas e para o suporte a regiões vulneráveis, como o Rio Grande do Sul, em seus esforços de recuperação e desenvolvimento sustentável.


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