Os Estados Unidos, a União Europeia e mais dez países da América Latina rejeitaram a decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela de confirmar a vitória de Nicolás Maduro nas eleições de julho. Essa contestação também foi reforçada pela OEA (Organização dos Estados Americanos), que considera a decisão apressada e sem transparência, visto que o tribunal não permitiu a publicação das atas eleitorais.
O TSJ, controlado por aliados de Maduro, afirmou que uma auditoria foi feita a pedido do próprio presidente, mas proibiu a divulgação dos documentos que registram os votos. A oposição e a comunidade internacional têm pressionado por uma auditoria imparcial, alegando que os resultados oficiais não são confiáveis. O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Vedant Patel, reforçou que a decisão do tribunal venezuelano “não tem credibilidade”.
Enquanto isso, a União Europeia, através do alto representante Josep Borrell, declarou que não reconhecerá um novo governo de Maduro até que sejam apresentadas provas verificáveis de sua vitória. O Brasil, por outro lado, ainda não se pronunciou, mas pode emitir um comunicado em conjunto com a Colômbia sobre a decisão.
A situação coloca Maduro e seu governo sob crescente pressão internacional, com diversos países e organizações questionando a validade do processo eleitoral venezuelano e exigindo mais transparência.
