Nísia Trindade, renomada socióloga e ex-presidente da Fiocruz, trouxe à tona uma alarmante realidade: o Brasil enfrenta uma crise sem precedentes de dengue. Em apenas 78 dias, desde o início de 2024, o país registrou um número histórico de casos, totalizando 1.889.206 ocorrências prováveis da doença até a segunda-feira, dia 18, conforme relatado pelo Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde.
Os dados são assustadores: mais de 500 mortes foram confirmadas, enquanto outras 1.020 estão sob investigação, evidenciando a gravidade da situação.
Comparando com o passado, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Brasil enfrentou um total de 561 mortes por dengue, representando mais da metade do número de óbitos registrados ao longo de 2023, que alcançou 1.094.
Com um “coeficiente de incidência de dengue” alarmante de 930,4 casos a cada 100 mil habitantes, o Brasil enfrenta uma crise de saúde pública sem precedentes.
Este recorde atual supera o marco histórico alcançado durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff. Em 2015, o país registrou 1.688.688 casos de dengue, anteriormente considerado o pico da doença. No entanto, a situação atual é 11,8% mais grave, destacando a urgência de medidas eficazes de combate à proliferação do mosquito transmissor.
A situação é ainda mais preocupante em nível estadual. Quatorze das 27 unidades federativas estão em situação epidêmica, enquanto nove estados já declararam estado de emergência devido à dengue.
São Paulo, o estado mais populoso do Brasil, enfrenta uma crise particularmente aguda, com um número alarmante de 49.721 casos confirmados até a quarta-feira, 13 de março, superando 414,1 casos para cada 100 mil habitantes.
Diante desse cenário sombrio, é fundamental uma ação coordenada e urgente em todo o país para conter a propagação da doença e evitar mais perdas de vidas humanas.
