Em um editorial veiculado na edição de domingo, 10, o jornal O Estado de S. Paulo analisa a recente queda na popularidade do ex-presidente Lula, do Partido dos Trabalhadores (PT). Com base em pesquisas recentes, incluindo Genial/Quaest, Atlas Intel e Ipec, o periódico sugere que Lula pode estar enfrentando desafios para conquistar tanto eleitores que o rejeitaram em 2022 quanto aqueles que tradicionalmente o apoiam.
De acordo com os dados levantados, a pesquisa Atlas indica que há uma maioria de brasileiros desaprovando o governo, enquanto a Genial/Quaest registra uma discrepância mínima entre aprovação e desaprovação, o que representa um dos piores desempenhos desde o início do mandato de Lula. O jornal aponta ainda que o enfraquecimento da popularidade do ex-presidente pode estar ligado à falta de projetos relevantes para o país e à escassez de resultados significativos em áreas-chave como segurança pública, educação e saúde.
O Estadão critica a gestão de Lula, classificando-a como “medíocre”, e aponta a ausência de uma identidade clara do governo como um fator contribuinte para a queda de popularidade. Além disso, o jornal destaca a postura do ex-presidente, ressaltando que ele tende a inflamar a polarização política em vez de promover a pacificação, especialmente por meio de discursos autoritários e alinhados a regimes de esquerda latino-americanos.
O editorial alerta que Lula pode recorrer a estratégias eleitorais tradicionais para tentar reverter sua baixa popularidade, como apelos populistas e demagógicos. O jornal cita o exemplo recente do ex-presidente ao falar sobre aumento da arrecadação e pedir mais “liberdade” para gastar “em benefício do povo”, uma tática comum entre demagogos em busca de apoio popular.
Concluindo, o Estadão adverte para a possibilidade de Lula intensificar suas abordagens eleitoreiras em um esforço para recuperar o apoio perdido, destacando a importância de se manter vigilante diante dessas estratégias políticas.
