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Governo fecha contrato com empresa ré por garimpo ilegal

Os contratos entre o Ministério da Saúde e a Piquiatuba foram estabelecidos entre junho e agosto de 2023

Sob a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governo brasileiro fechou contratos no valor de 14 milhões de reais com a empresa Piquiatuba Táxi Aéreo, que enfrenta acusações de envolvimento em garimpo ilegal de ouro na Amazônia. Os acordos foram estabelecidos entre o Ministério da Saúde, liderado por Nísia Trindade, e a referida empresa.

A Polícia Federal acusa a Piquiatuba Táxi Aéreo de utilizar suas aeronaves para apoiar atividades de garimpo na reserva biológica Maicuru, localizada no Pará. A denúncia foi formalizada em maio de 2021, após o Ministério Público Federal aceitar uma acusação da Justiça Federal contra a empresa e seus sócios, Edson Barros da Silva e Patrick Paiva da Silva.

Segundo relatos do jornal Estadão, o fundador do garimpo, Armando Amâncio da Silva, é pai dos sócios da Piquiatuba Táxi Aéreo. A família teria enriquecido de maneira ilícita, explorando ouro de forma ilegal. Armando foi alvo da Operação Ouro Frio em outubro de 2020, quando a Polícia Federal encontrou 44,9 quilogramas de ouro ilegal em sua residência. Ele faleceu três semanas depois.

Os contratos entre o Ministério da Saúde e a Piquiatuba foram estabelecidos entre junho e agosto de 2023, período em que a empresa já estava sob investigação judicial. Ao ser questionada, a pasta afirmou que não apoia atividades de garimpo ilegal. No entanto, informou que suspenderá os contratos apenas se a empresa for condenada.

A Piquiatuba Táxi Aéreo assinou seu primeiro contrato com o governo em 2014, durante a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Segundo dados do Portal da Transparência, desde então, a empresa recebeu um total de R$ 181,7 milhões do governo.

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