No último mês de março, o governo federal apresentou um déficit primário de R$ 1,5 bilhão, revelando um cenário desafiador para as contas públicas, conforme dados divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional nesta segunda-feira (29/4). Esse déficit, que representa a diferença entre receitas e despesas excluindo os pagamentos de juros da dívida pública, é o melhor resultado para o período desde 2021, quando o governo registrou um superávit de R$ 2,47 bilhões.
De acordo com o Tesouro, a receita líquida do governo atingiu R$ 163,86 bilhões em março, enquanto as despesas totalizaram R$ 165,3 bilhões. No acumulado do ano, o governo apresentou um superávit de R$ 19,431 bilhões.
O secretário Rogério Ceron ressaltou a importância de manter cuidado e atenção com as contas públicas, destacando que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem como meta zerar o déficit até 2024. “É necessário ficar muito atento tanto do lado das receitas quanto do lado das despesas. Esse processo precisa ser seguido à risca para que o processo de recuperação fiscal se intensifique e continue de forma séria”, afirmou.
Comparado a março de 2023, quando o déficit primário foi de R$ 7 bilhões, o resultado deste ano apresentou uma queda significativa de 79,3%. Esse desempenho superou as expectativas dos analistas de mercado, que estimavam um déficit de R$ 5,1 bilhões, conforme a pesquisa da Prisma Fiscal divulgada pelo Ministério da Fazenda. Em fevereiro, o governo registrou um recorde de superávit, estimado em R$ 79,337 bilhões. Até o momento, a receita líquida do governo totaliza R$ 534,2 bilhões, enquanto as despesas totais estimadas atingem R$ 514,7 bilhões.
