O mês de abril se inicia com um cenário de tensão no funcionalismo público, com pelo menos três categorias planejando entrar em greve e a possibilidade de ampliação para até 15 categorias, dependendo do desenrolar das negociações. O impasse ocorre devido à falta de negociação de reajustes salariais e mudanças nos planos de carreira.
A partir desta quarta-feira (3), os funcionários federais da educação básica, profissional e tecnológica dos Institutos Federais aderem ao movimento de paralisação geral. No próximo dia 15 de abril, os professores das universidades federais também se juntarão à greve. Essas informações foram divulgadas pelo Fonasefe (Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais).
Além disso, os funcionários dos Correios decidirão, em assembleia nesta quarta-feira, se participarão da paralisação geral. Caso aprovada, a adesão será imediata. Entre as demandas dos funcionários dos Correios estão a abertura de concursos públicos, melhorias nas condições de trabalho e o cumprimento de um acordo coletivo firmado em novembro do ano passado, de acordo com a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares).
A Fonacate reporta que 16 categorias de funcionários públicos federais já estão em paralisação ou operação-padrão, o que resulta em aumento das burocracias, gerando atrasos ou redução dos serviços prestados, conhecido como operação-tartaruga.
Para esta quarta-feira, está prevista uma mobilização geral de todos os sindicatos. A convocação, no entanto, não é obrigatória, conforme informado pela Fonasefe. Já no dia 17 de abril, há uma marcha programada para Brasília, congregando todos os setores em uma única manifestação.
Até o momento, a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional e a Associação Nacional dos Membros das Carreiras da Advocacia Geral da União não confirmaram adesão ao movimento.
Segue abaixo a lista dos setores com previsão de mobilização em abril, assim como aqueles que já estão em mobilização:
Setores com previsão de mobilização em abril:
- Funcionários federais da educação básica, profissional e tecnológica dos Institutos Federais (greve a partir de 3 de abril);
- Professores das universidades federais;
- Correios – possibilidade de greve.
Setores já em mobilização:
- Auditores-Fiscais Federais Agropecuários – operação-padrão;
- Susep (Superintendência de Seguros Privados), operação-padrão;
- Carreira de Analista de Comércio Exterior – paralisações pontuais em 8, 12, 17 e 18 de abril;
- Auditores-Fiscais do Trabalho – em mobilização;
- Carreira de Controles e Finanças (Tesouro Nacional e CGU) em operação-padrão;
- Carreira ambiental (ICM-bio e Ibama) – paralisação;
- Abin (Agência Nacional de Inteligência) – mobilização;
- CVM (Comissão de Valores Mobiliários) – em operação-padrão;
- Técnicos-Administrativos das Instituições Federais de Ensino – greve;
- Banco Central – em operação-padrão;
- Carreira de Planejamento e Orçamento – em operação-padrão;
- Peritos Federais Agrários – em mobilização.
