Os presidentes dos clubes gaúchos, Internacional e Grêmio, uniram forças nesta segunda-feira (6) em uma iniciativa para interromper completamente o Brasileirão. Em meio aos alagamentos que assolam o Rio Grande do Sul e afetam diretamente as operações dos clubes e a segurança dos cidadãos, Alessandro Barcellos e Alberto Guerra dialogaram com dirigentes de equipes de outros estados em busca de apoio para pressionar a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
O pedido de paralisação total da competição visa garantir isonomia, evitando que apenas os jogos dos times gaúchos sejam adiados, o que resultaria em desvantagem no calendário futuro. Com o respaldo de outros clubes, os presidentes do Inter e Grêmio argumentam que a acumulação de jogos comprometeria o desempenho de suas equipes, especialmente em um calendário já apertado.
Alberto Guerra contatou membros da Libra, que inclui clubes como Flamengo, Corinthians e São Paulo, enquanto Alessandro Barcellos conversou com dirigentes da Liga Forte União, que conta com times como Cruzeiro, Fluminense e Botafogo, entre outros.
A pressão sobre a CBF aumenta à medida que mais dirigentes se manifestam a favor da paralisação completa do campeonato. O presidente do Atlético, Sérgio Coelho, já expressou sua opinião sobre a necessidade de interrupção total neste momento.
Os clubes gaúchos enfrentam dificuldades logísticas significativas, com estádios e centros de treinamento inundados devido às chuvas intensas. Além disso, os jogos do Inter e Grêmio na Libertadores e Sul-Americana foram adiados pela Conmebol, complicando ainda mais o calendário.
Com a previsão de adiamento dos jogos da Série A para entre os dias 3 e 10 de junho, a CBF busca encontrar uma solução para encaixar as partidas adiadas em um calendário já estreito, aproveitando períodos de Data-Fifa.
