O editorial do Estadão critica fortemente a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela ausência de um embaixador brasileiro em Israel durante um momento crítico no Oriente Médio, descrevendo-a como uma crise diplomática alimentada por “taras ideológicas antiocidentais”. O jornal enfatiza que esta é a pior fase em mais de 70 anos de relação entre Brasil e Israel.
O cerne da crítica do Estadão está na comparação feita por Lula entre a operação de Israel em Gaza e o Holocausto, o que levou à convocação do embaixador brasileiro ao Museu do Holocausto e à declaração de Lula como persona non grata pelo governo israelense. A reação de Lula de transferir o embaixador Frederico Meyer para a Suíça é vista como um ato passivo-agressivo que agravou as relações entre os países.
O jornal também ressalta a importância histórica e diplomática de Israel para o Brasil, destacando sua posição como única democracia consolidada no Oriente Médio e sua significativa parceria em comércio e segurança cibernética. Além disso, menciona o auxílio humanitário oferecido por Israel em situações de crise no Brasil.
A matéria menciona uma pesquisa Big Data, na qual 8 em 10 brasileiros consideram que foi Lula quem ofendeu Israel. O editorial conclui que a postura de Lula prejudica os interesses nacionais, os brasileiros residentes em Israel e compromete a capacidade do Brasil de atuar como mediador na busca pela paz entre Israel e Palestina.
A crítica termina enfatizando que a submissão da política externa brasileira às “taras ideológicas antiocidentais de Lula” e o “sequestro do Itamaraty por seu ego” humilham os brasileiros.
