Neste domingo (9), o presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou a dissolução do parlamento e a convocação de novas eleições legislativas. A decisão foi tomada após a derrota do seu partido nas eleições para o Parlamento Europeu.
O partido de direita Rassemblement National (RN, Reunião Nacional), liderado por Marine Le Pen, conquistou quase um terço dos votos nas eleições, superando a aliança centrista de Macron. O candidato do RN, Jordan Bardella, de 28 anos, obteve entre 31,5% e 32,4% dos votos, enquanto a candidata de situação Valérie Hayer ficou com 15,2% e o socialista Raphaël Glucksmann com cerca de 14%.
Em um pronunciamento televisionado, Macron alertou para a ascensão da direita na Europa. “Dentro de instantes, assinarei o decreto de convocação das eleições legislativas cujo primeiro turno acontecerá em 30 de junho e o segundo turno em 7 de julho”, declarou. O presidente francês descreveu o crescimento dos nacionalistas e demagogos como um “perigo” para a Europa.
Bardella celebrou a vitória, afirmando que “esta tarde trouxe um vento de esperança para a França” e pediu a dissolução da Assembleia Nacional, que Macron atendeu. Bardella também destacou que Macron está enfraquecido por esta “derrota estrondosa”.
A vitória do RN representa um duro golpe para Macron e seu primeiro-ministro, Gabriel Attal, que se esforçaram para conter o avanço da direita. Este resultado reforça a imagem mais moderada que Marine Le Pen tenta dar ao seu partido desde que assumiu a liderança em 2018.
Emmanuel Macron venceu Marine Le Pen nas eleições presidenciais de 2022 com 58,54% dos votos, mas perdeu a maioria absoluta nas eleições legislativas posteriores, tornando o RN o principal partido da oposição na câmara baixa.
