O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu colocar em sigilo uma ação movida pela Advocacia-Geral da União (AGU) que busca a suspensão das atividades do Twitter/X no Brasil. A medida foi tomada após o escândalo envolvendo o vazamento de e-mails entre advogados da plataforma no país e executivos nos Estados Unidos.
Na ação, o advogado-geral da União, Jorge Messias, solicita o compartilhamento de evidências de uma investigação sobre Elon Musk, proprietário do Twitter/X, alegando que tais provas podem responsabilizar a plataforma por vazar informações confidenciais de inquéritos, o que poderia interferir nas investigações conduzidas por Moraes.
A AGU busca responsabilizar o Twitter/X sob a Lei Anticorrupção, alegando que a empresa dificultou a atividade de investigação ou fiscalização de órgãos públicos. Messias solicitou o sigilo do documento para proteger a confidencialidade das informações.
Moraes decidiu remover a investigação do inquérito relacionado às “milícias digitais” e determinou que a sindicância prossiga de maneira autônoma e confidencial no STF. Além disso, a AGU solicitou ao juiz que inicie uma nova investigação contra os executivos do Twitter/X por possíveis crimes de obstrução de Justiça.
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