A Confederação Brasileira de Basquete (CBB) anunciou no último sábado (22) a demissão do preparador físico Diego Falcão da comissão técnica da Seleção feminina de basquete do Brasil. A decisão foi motivada pela repercussão de posicionamentos de Falcão contra o aborto em suas redes sociais.
Diego Falcão expressou apoio ao projeto de Lei 1904/2024, que propõe considerar o aborto após a 22ª semana de gestação como um crime de homicídio. Essas postagens geraram desconforto entre as jogadoras da seleção, especialmente Clarissa dos Santos e Damiris Dantas, duas figuras importantes do time, que manifestaram publicamente sua discordância com as opiniões do preparador físico.
A CBB tomou conhecimento das manifestações das atletas e decidiu pela demissão de Diego Falcão após ouvir também outras jogadoras da equipe. Falcão estava na comissão técnica desde 2019, quando ingressou juntamente com o técnico José Neto, com quem já havia trabalhado em diversas equipes, incluindo a seleção masculina de basquete do Brasil, o Flamengo, equipes no Japão e em Angola.
José Neto, o técnico da seleção feminina, não se pronunciou publicamente sobre o desligamento de Diego Falcão e continua à frente da equipe.
O caso reflete um embate entre liberdade de expressão pessoal e posicionamentos que podem interferir no ambiente profissional, especialmente em equipes esportivas de alto rendimento, onde a coesão e o respeito às diferenças são fundamentais para o bom desempenho coletivo.
