O Estadão, em seu editorial intitulado “O papelão do Brasil na ONU”, criticou a postura do Brasil sob o governo Lula na Assembleia-Geral da ONU, acusando o país de se desviar de seus princípios democráticos e independência diplomática. O jornal alega que o Brasil, ao boicotar o discurso do Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e apoiar propostas da China sobre a guerra na Ucrânia, se alinhou ao eixo sino-russo-iraniano, em detrimento das democracias ocidentais.
O editorial destaca que a diplomacia brasileira, ao invés de manter uma posição neutra e independente, estaria persuadindo outros países do “Sul Global” a apoiarem a solução chinesa para a guerra na Ucrânia, o que, segundo o Estadão, significaria a rendição de Kiev à Rússia. Além disso, o texto ressalta que o Brasil, ao não se opor ao discurso de líderes russos e iranianos, ignorou as ameaças representadas por essas nações e seus aliados no Oriente Médio, como o Hamas e o Hezbollah.
O jornal também criticou a ausência de protestos brasileiros contra a Rússia, mesmo com as acusações de crimes de guerra feitas contra Vladimir Putin pelo Tribunal Penal Internacional. Para o Estadão, essa postura reflete um “rancor antiocidental” de Lula, que compromete os valores democráticos e desmoraliza a tradicional diplomacia independente do Brasil.
Em suma, a crítica do editorial é que o Brasil estaria, sob Lula, adotando uma política externa mais ideológica e alinhada a regimes autoritários, afastando-se de seus antigos princípios de neutralidade e defesa da democracia.
