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Zelenski critica Lula e pede ao Brasil postura de ‘País Civilizado’

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, criticou novamente o Brasil neste domingo (16), no contexto da invasão russa à Ucrânia, destacando a falta de uma postura firme do governo brasileiro. Zelenski fez essas declarações durante a conferência sobre a guerra, realizada na Suíça, onde o Brasil enviou apenas sua embaixadora como observadora.

Zelenski afirmou: “Assim que o Brasil e a China aderirem aos princípios de todos nós aqui, países civilizados, nós ficaremos felizes em ouvir suas opiniões, mesmo que elas não coincidam com a da maioria do mundo”. Esta declaração foi um claro recado ao Brasil e à China, que antes da reunião haviam concordado em propor uma cúpula envolvendo ucranianos e russos.

Enquanto o Brasil enviou sua embaixadora na Suíça como observadora, a China não enviou nenhum representante ao evento. A ausência chinesa foi notável, já que Pequim é uma aliada importante de Putin, sendo acusada pelo Ocidente de ajudar a indústria militar russa com material de uso dual e manter laços econômicos estreitos.

Histórico de Críticas

Zelenski já criticou o governo brasileiro em outras ocasiões. Durante a campanha eleitoral de 2022, Lula irritou Kiev ao afirmar que os ucranianos eram tão responsáveis pela guerra quanto os russos. No poder, Lula tentou adotar uma posição de mediação, mas foi criticado por Ucrânia, Estados Unidos e seus aliados por sua postura considerada ambígua.

Apesar de ter adotado um discurso mais neutro, a manutenção dos laços com a Rússia, que é um fornecedor vital de óleo diesel e fertilizantes para o Brasil, complicou a imagem de neutralidade do governo brasileiro.

Reações e Consequências Diplomáticas

Diplomatas brasileiros afirmam que, apesar das críticas, o Brasil condenou a invasão russa em duas votações na ONU. No entanto, a postura brasileira é vista como parte de uma tendência maior entre os países do chamado Sul Global, que tendem a adotar uma posição menos alinhada automaticamente com os Estados Unidos ou a China.

Durante a cúpula na Suíça, além do Brasil, vários países do Sul Global boicotaram o comunicado final, com destaque para a Índia, que rejeitou o documento devido ao seu peso geopolítico.

Essa situação reflete a complexidade das relações internacionais e as dificuldades que o Brasil enfrenta em manter uma posição equilibrada em um cenário global polarizado.


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