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 “Minas se tornou ‘refém’ do governo federal”, diz vice-governador sobre a dívida de Minas

O vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo), expressou preocupações sobre a situação financeira do estado em relação à dívida com o governo federal. Em entrevista ao programa Café com Política da FM O TEMPO, ele argumentou que Minas Gerais se tornou uma espécie de “refém” do governo federal devido ao débito e que a situação pode levar ao atraso nos salários dos servidores públicos.

Situação da Dívida

  • Contexto Atual: O vice-governador afirmou que, se o governo federal exigir o pagamento integral das parcelas da dívida, o estado pode enfrentar sérios problemas financeiros, incluindo a necessidade de atrasar os salários dos servidores.
  • Expectativas: Simões espera que o Supremo Tribunal Federal (STF) conceda um prazo maior para que o Congresso Nacional aprove o Propag, uma proposta de renegociação da dívida apresentada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD).

Críticas ao Governo Federal

  • Inconsistência: Simões criticou a posição do governo federal, alegando que há uma falta de consistência nas promessas feitas pelo presidente Lula, que havia indicado a resolução do problema, enquanto a Advocacia Geral da União defende a volta do pagamento integral.
  • Refém da União: Segundo o vice-governador, Minas Gerais está “refém” da União, o que impede o estado de encontrar soluções alternativas e negociações mais favoráveis.

Decisões Recentes

  • Adiamento do Prazo: O ministro do STF, Edson Fachin, adiou o prazo para a volta do pagamento integral das parcelas para 1º de agosto. No entanto, o governo estadual considera que esse prazo não é suficiente, pois o Senado só deve analisar o Propag na segunda quinzena de agosto.
  • Necessidade de Mobilização: A administração estadual pode precisar mobilizar sua base para a aprovação do Regime de Recuperação Fiscal (RRF) antes do prazo de 1º de agosto, caso o ministro Kássio Nunes Marques não conceda mais um adiamento.

Impactos no Orçamento

  • Atrasos na Folha de Pagamento: Simões destacou que, sem a renegociação, o estado pode ter que atrasar cerca de R$ 1,5 bilhões na folha de pagamento mensal dos servidores públicos.
  • Pagamento em Parcelas Menores: Desde 2022, Minas Gerais tem pago cerca de R$ 6 bilhões à União, utilizando um benefício legal que permite o pagamento em parcelas menores. No entanto, é necessário que a Assembleia Legislativa aprove a autorização para continuar nesse regime.

Proposta do Propag

  • Benefícios da Proposta: O vice-governador defendeu que a proposta do Propag é mais favorável em comparação com o modelo atual, que considera “muito perverso” e “cruel” com os estados. A proposta oferece condições mais vantajosas para a renegociação da dívida e para a gestão financeira dos estados.

A situação em Minas Gerais é crítica e as próximas semanas serão decisivas para a resolução do impasse financeiro do estado.

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